Nesta quinta-feira (13), a Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, deflagrou a "Operação Shell Company". O objetivo é desarticular um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro e fraudes bancárias em larga escala.

As ações acontecem na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e em Itaipava, Petrópolis, onde estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão. A operação também incluiu a determinação judicial de indisponibilidade e bloqueio de bens e valores que totalizam R$ 8 milhões, com base nas movimentações financeiras suspeitas realizadas pelo grupo criminoso.

De acordo com as investigações, os alvos da operação estão envolvidos em fraudes bancárias desde 2019, causando um prejuízo estimado em R$ 8 milhões a um banco. O modus operandi inclui a criação de empresas fictícias com documentação falsa, as quais eram usadas para obter empréstimos milionários desviados para benefício próprio. Gerentes bancários também foram cúmplices das atividades ilícitas do grupo.

Entre 2020 e 2022, os investigados movimentaram cerca de R$ 500 milhões, indicando que além do banco inicialmente prejudicado, outras instituições financeiras podem ter sido alvos dessas práticas fraudulentas.

A investigação revelou que os recursos financeiros da organização eram direcionados para uma holding criada para controlar as empresas fictícias, facilitando a lavagem de dinheiro. A operação continua em andamento para desvendar mais detalhes sobre o esquema e garantir a responsabilização dos envolvidos.