Situação climática instável obriga medidas preventivas no Norte e Noroeste do Rio de Janeiro
Com a previsão de chuvas fortes neste final de semana prolongado, as cidades de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, já se mobilizam para reduzir os impactos causados pelo clima instável. O Governo do Estado e os municípios estão adotando medidas para prevenir enchentes e minimizar os transtornos à população.
O ambientalista Arthur Soffiati explicou que, há 50 anos, a previsão do tempo era mais segura para a região, mas as mudanças climáticas e a degradação ambiental têm tornado o cenário mais imprevisível. “A média anual de chuvas girava em torno de 1000 milímetros, com um ciclo claro entre chuvas e estiagens. Hoje, essas mudanças climáticas trazem secas mais intensas e chuvas que podem ser devastadoras", comentou.
De acordo com Soffiati, 2024 é o ano mais quente já registrado no mundo, e o Norte e Noroeste fluminense enfrentam um aumento nas secas e inundações. Cidades como Três Vendas e Ururaí, em Campos, são especialmente vulneráveis a enchentes devido à proximidade com os rios Muriaé e Ururaí, que transbordam com facilidade. “As ruas alagam, antigas lagoas voltam a se formar, e o caos se instala", frisou.
Para se preparar para as chuvas, a Prefeitura de Campos conta com o Centro de Monitoramento, que alerta as autoridades sobre as mudanças climáticas. A Defesa Civil tem realizado reuniões com o Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) para discutir as respostas em momentos de crise, como desastres naturais e situações de emergência.
Em São João da Barra, as ações incluem a limpeza de canais e bueiros, além da desobstrução de galerias pluviais para garantir o escoamento adequado da água da chuva, especialmente nas áreas mais críticas da cidade.
O Governo do Estado também mantém um comitê de chuvas, que funciona 24 horas por dia, monitorando e agindo rapidamente nas áreas afetadas por eventos climáticos extremos.
No âmbito estadual, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estão trabalhando em iniciativas como o Plano Estadual de Adaptação às Mudanças Climáticas e projetos de preservação, como a Aliança pelos Manguezais e o Florestas do Amanhã. Essas medidas buscam a adaptação e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas no Rio de Janeiro.
Fonte: Folha 1