Polícia conclui que Carlos Eduardo cometeu feminicídio ao atropelar a própria mãe
Após semanas de investigações, a Polícia Civil finalizou o inquérito que aponta Carlos Eduardo Aquino, estudante de medicina, como responsável pelo feminicídio de sua mãe. O jovem, que causou a morte da mãe ao atropelá-la, será levado a júri popular, onde responderá pela acusação de ter agido com intenção criminosa, ou dolo, no incidente.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Carlos Augusto Guimarães, as investigações foram minuciosas e concentraram-se em seis pontos cruciais que comprovam o comportamento deliberado de Carlos Eduardo:
Uso do veículo e comportamento no local do acidente: Embora Carlos Eduardo dirigisse de forma aparentemente normal, ele acelerou o carro propositalmente no momento da colisão, o que indica que sua ação foi deliberada.
Tentativa de fuga: Após o impacto, o acusado tentou fugir da cena do crime, reforçando a tese de que estava ciente de sua ação criminosa.
Desprezo pela vida da mãe: Testemunhas e imagens capturadas no local indicam que Carlos Eduardo não demonstrou qualquer arrependimento ou empatia ao ver sua mãe sem vida.
Visibilidade da cena: O local onde o atropelamento ocorreu era bem iluminado, e a bicicleta amarela da mãe era facilmente visível, sugerindo que Carlos teve plena consciência de sua presença na via.
Histórico de agressões e abusos: A investigação revelou um histórico de agressões físicas e verbais por parte do acusado contra sua mãe. Relatos de familiares, como a irmã de Carlos Eduardo, e imagens capturadas de agressões anteriores foram fundamentais para reforçar o cenário de violência doméstica.
Depoimentos de testemunhas: O depoimento da irmã do acusado foi essencial para a conclusão das investigações. Ela confirmou episódios de violência dentro de casa e apresentou imagens que mostram Carlos agredindo e humilhando a mãe em várias ocasiões.
Com base nesses elementos, a Polícia Civil concluiu que o comportamento de Carlos Eduardo foi premeditado, caracterizando-se como feminicídio. O Ministério Público já formalizou a denúncia, e o estudante agora responderá em processo judicial, sendo submetido a júri popular.
A sociedade agora aguarda o julgamento, onde a culpabilidade do réu será decidida pelo júri. Caso seja condenado, Carlos Eduardo poderá enfrentar uma pena severa pelo crime de feminicídio, considerado hediondo pela legislação brasileira.