Com as eleições municipais finalizadas, o cenário político no Rio de Janeiro agora foca na disputa pelas mesas diretoras do poder legislativo. Rodrigo Bacellar (União), atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), é candidato à reeleição e, nos últimos dias, tem intensificado as articulações para assegurar seu lugar no comando da casa.
Diante da movimentação do PSD, liderado por Eduardo Paes, prefeito da capital reeleito no primeiro turno, e Pedro Paulo, presidente estadual do partido, Bacellar passou a procurar apoio direto de outros líderes fluminenses. O PSD chegou a sinalizar uma possível candidatura de oposição a Bacellar, buscando unir forças com o MDB, PP, PL e até partidos de esquerda, como PT, PSOL e PDT, para formar uma chapa que pudesse desafiar a reeleição do atual presidente da ALERJ.
No entanto, Bacellar foi rápido em suas movimentações, calçando o que chamou de "sandálias da humildade", e garantiu apoio de lideranças importantes, como Altineu Côrtes (presidente do PL), Dr. Luizinho (presidente do PP) e Washington Reis (presidente do MDB). Além disso, Bacellar contou com a bênção do governador Cláudio Castro (PL) e do senador Flávio Bolsonaro (PL), consolidando uma base forte para sua candidatura.
Essa articulação uniu políticos que, até pouco tempo, eram considerados desafetos de Bacellar, mas que agora se aliaram contra um adversário comum: Eduardo Paes. Enquanto isso, os partidos de esquerda, mesmo cortejados por Pedro Paulo, seguem sem uma estratégia unificada, dificultando uma coalizão de oposição consistente.
Com essas alianças, Rodrigo Bacellar se fortalece na corrida pela presidência da ALERJ, prometendo uma disputa acirrada nos bastidores da política fluminense.