A Delegacia do Consumidor (Decon) prendeu, nesta quarta-feira (23), o sexto envolvido no esquema de contaminação por HIV em transplantes de órgãos, com laudos falsificados produzidos pelo laboratório PCS Saleme. O suspeito é um dos sócios da empresa e filho de um dos detidos na primeira fase da "Operação Verum". A prisão foi decretada preventivamente após investigação da Decon, que apontou a prática de lesão corporal gravíssima por enfermidade incurável, entre outros crimes.
A operação começou após a descoberta de que o laboratório envolvido havia manipulado os testes de HIV, causando a infecção de receptores de órgãos. Seis pessoas já foram indiciadas por crimes como falsidade ideológica, associação criminosa e indução de consumidores a erro. Um dos investigados também apresentou um diploma falso, agravando as acusações.
A investigação apontou que a fraude foi motivada por uma tentativa dos sócios de reduzir custos operacionais, gerando lucro às custas da segurança dos pacientes. Equipes da Polícia Civil continuam as investigações e já realizaram buscas em unidades do laboratório, com a apreensão de documentos que poderão levar a novas descobertas.
Além da Decon, a força-tarefa envolve o Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), com apoio da Controladoria-Geral do Estado. O objetivo é identificar a extensão do esquema e responsabilizar todos os envolvidos.
As investigações sobre a contratação da empresa responsável pelos exames continuam, e a polícia segue trabalhando para garantir justiça para as vítimas afetadas por essa grave violação.