A Estrada de Ferro 118 (EF-118), considerada o projeto de infraestrutura mais importante para o estado do Rio de Janeiro, pode finalmente sair do papel. A ferrovia, que conectará o Porto do Açu à malha ferroviária nacional, tem potencial para revitalizar o transporte de cargas e trazer um impacto econômico expressivo para a região. Um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que a fase inicial da EF-118 poderá gerar R$ 2,5 bilhões para o PIB regional, criar 68 mil empregos e arrecadar R$ 457 milhões em impostos.
Recentemente, a Firjan organizou um encontro com representantes da sociedade civil e autoridades públicas, que resultou na assinatura de um documento a ser enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O objetivo é garantir que os recursos provenientes da devolução de trechos ferroviários, feitos pela Ferrovia Central Atlântica (FCA), sejam direcionados para a construção da EF-118, vital para modernizar a malha ferroviária estadual, degradada desde a privatização do setor em 1996.
Com extensão total de 577,8 km, a Estrada de Ferro 118 atravessará 25 municípios, sendo 170 km no Espírito Santo e 407 km no Rio de Janeiro. No estado fluminense, a ferrovia se conectará à malha da MRS Logística em Nova Iguaçu e à Estrada de Ferro Vitória-Minas, da Vale, em Cariacica, Espírito Santo. Além de facilitar o transporte de cargas, o projeto deve atender às demandas crescentes do Porto do Açu, um dos maiores complexos portuários do Brasil.
Durante o encontro, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Campos dos Goytacazes (RJ), Felipe Knust, destacou a importância da colaboração entre os municípios envolvidos para o sucesso do projeto, ressaltando a relevância da ferrovia para o escoamento de produtos e a dinamização da economia regional.
O projeto da EF-118, uma vez realizado, promete transformar a logística de transporte no estado do Rio de Janeiro, ampliando as oportunidades de negócios e impulsionando o desenvolvimento econômico em diversas frentes.