Celebrado nesta terça-feira (01/10), o Dia Internacional do Café destaca a relevância do grão que faz parte da cultura brasileira e se consolida como um dos principais produtos agrícolas do estado do Rio de Janeiro. Na Região Noroeste Fluminense, a cafeicultura é responsável por 85% da produção estadual, com destaque para os municípios de Varre-Sai, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana. Em 2023, o setor movimentou mais de R$240 milhões, sendo uma das principais atividades econômicas e de geração de renda e emprego na área rural.
O desenvolvimento desse segmento é impulsionado pela parceria entre a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) e a Emater-Rio, que oferecem suporte técnico e programas de fomento, como a linha de crédito Rio Café. O objetivo é fortalecer a produção de cafés de alta qualidade e garantir crescimento contínuo para os produtores da região.
“O café fluminense é essencial para a economia do estado, estando presente na base da agricultura familiar e gerando renda para muitas famílias”, destaca o secretário de Agricultura, Dr. Deodalto.
Para Gustavo Polido, gerente técnico regional de culturas da Emater-Rio, o crescimento da cafeicultura na região é fruto de um trabalho conjunto para o desenvolvimento da cadeia produtiva. “Hoje, o café é uma das principais atividades agrícolas do estado, e a Emater-Rio tem apoiado os cafeicultores desde a produção de mudas de qualidade até a comercialização”, explica.
Um setor em expansão
Em 2023, a produção de café na região cresceu 3% em relação ao ano anterior, reflexo de iniciativas que incluem concursos e mostras que estimulam a troca de experiências entre os produtores. Atualmente, são 2.673 cafeicultores no estado, um número que reflete a força e o potencial desse setor para a economia fluminense.
Histórias de sucesso
Entre os produtores que se destacam está Alexandre Ramos, de 33 anos, que mantém a tradição familiar de seis gerações na produção de café. Localizado em Santa Clara, no Alto Noroeste do estado, ele é responsável pelo Café Manduca, que se especializou na produção de Cafés Especiais e conquistou prêmios pela qualidade.
“No último ano, fomos reconhecidos como o melhor café do município na categoria natural, o que nos motivou a buscar ainda mais excelência”, relata Alexandre. Com o apoio do Programa Agrofundo, ele adquiriu uma máquina de torrefação própria, permitindo controle total da produção e foco em práticas sustentáveis e inovação.
Como acessar o Rio Café
Os cafeicultores interessados em desenvolver suas lavouras contam com o Programa Rio Café, que disponibiliza recursos para aquisição de insumos, equipamentos de irrigação e maquinário. Entre 2020 e 2024, 64 contratos foram firmados, totalizando R$1.746.259,56 em investimentos no setor.
Os interessados podem buscar mais informações pelo e-mail: agrofundo.rio@gmail.com ou procurar os escritórios regionais da Emater-Rio para suporte e orientação