Nesta segunda-feira (02/09), moradores de várias cidades do interior fluminense voltaram a observar o fenômeno do "sol vermelho", resultado de um dia inteiro de céu coberto pela fumaça. Este é o segundo episódio recente, com o anterior ocorrido no mês passado.
O fenômeno está diretamente relacionado às queimadas no interior do Brasil, especialmente na Amazônia. A fumaça dessas queimadas, redirecionada por correntes de ar, se misturou com a fumaça de incêndios locais, criando uma espessa camada que cobriu o céu e deu ao sol uma tonalidade avermelhada.
Segundo cientistas, essa situação é agravada por uma combinação de fatores: aumento das temperaturas globais, a presença do fenômeno El Niño, e o desmatamento desenfreado em diversos biomas da América do Sul. Essas condições, exacerbadas pelas queimadas criminosas, resultam em uma severa estiagem que contribui para o surgimento do "sol vermelho".
Nos próximos dias, a passagem de uma frente fria pelo mar deve dispersar parte dessas "plumas de fumaça" no Rio de Janeiro, mas o ar continuará seco e as temperaturas elevadas. Com isso, novos episódios do sol vermelho ainda podem ocorrer, servindo como um alerta visual para os impactos ambientais em curso.
A situação reforça a urgência de medidas para conter as queimadas e preservar os biomas, mitigando os efeitos das mudanças climáticas que têm intensificado fenômenos como este.