A região Noroeste Fluminense está se destacando como um novo polo de cafés especiais no Estado do Rio de Janeiro e está se organizando para obter a Identificação Geográfica (IG) concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Esse registro visa valorizar tanto o produto quanto a região. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (Ascarj) e o Sebrae Rio, envolvendo 20 produtores locais.
Atualmente, a região é a principal produtora de café do estado, responsável por 70% da produção, com 260 mil sacas anuais. A cafeicultura é majoritariamente composta por pequenos produtores da agricultura familiar, sendo a principal atividade econômica de diversos municípios. A busca pela IG tem como objetivo agregar valor ao café produzido, similar a outras regiões reconhecidas mundialmente, como Champagne e Canastra.
Desde 2014, esforços conjuntos de várias entidades têm transformado a qualidade da produção, anteriormente conhecida por cafés inferiores, para um volume considerável de cafés finos. Este movimento de melhoria contínua conta com o apoio de novos parceiros, incluindo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA) e prefeituras regionais. A IG promete trazer mais credibilidade aos produtos e estimular ainda mais a produção de cafés especiais na região.